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Amor-Exigente

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11° Princípio: Exigência ou disciplina

A postura dos pais do Amor-Exigente deve ser:

"Nós o amamos, mas não aceitamos o que está fazendo".

Nossa exigência tem o objetivo de ordenar, organizar, esclarecendo, com verdadeira disciplina, o rumo que queremos dar a nossa vida e à vida de nossa família, começando por pequenas coisas, exteriores, para chegar afinal a grandes mudanças... reais mudanças de atitude.

Determinem, portanto, claramente seus limites emocionais, físicos ou econômicos... Estabeleçam as regras da casa que toda a família deve seguir, e fiquem firmes.

Seu filho não pediu para nascer... mas vocês também não pediram que ele fosse como é, vocês foram colocados na vida um do outro e têm - cada qual a seu modo - direitos e deveres. Não têm, no entanto, o direito de se destruir. O filho não pode acabar com os pais, assim como os pais não podem aniquilar os filhos.

O Amor-Exigente não expulsa os filhos de casa. A proposta não é essa. Depois de se ter tentado tudo para controlar o comportamento inadequado, chegando ao limite máximo dos pais, ou da família, o filho deve fazer sua escolha: ou entra no esquema de cooperação de horário, respeito às regras e consideração com as pessoas... ou vai viver por sua conta. da forma que lhe convém.

O filho é dono da própria vida: foi responsabilidade dos pais enquanto eles puderam ajudá-lo; agora, vai assumir sua escolha e sofrer as conseqüências, sejam elas quais forem.

O filho deve ser compreendido: é seu direito sair de perto dos pais a quem não ama, não respeita... Se quer usar drogas, prostituir-se, como impedi-lo? Viver sozinho é um direito dele. Sendo dono de sua vida, pode fazer com ela o que bem quiser, mas deve aceitar que não será financiado... Seus pais não o ajudarão a manter uma vida que não aprovam. E têm o direito de ser felizes, independentemente da escolha do filho... Precisam de paz, tranqüilidade, harmonia, depois de tantos anos de lutas.

Freqüentem um grupo de Amor-Exigente ou fundem um. Falem das coisas que os magoam, peçam ajuda. Mas façam planos próprios. Cada um sabe do que precisa ou o que pode agüentar. Não deixem que a timidez, o medo, a vergonha e a culpa os imobilizem. Os pais devem fazer algo por si mesmos, por sua família, pelo filho com problema. E o grupo será a força para mudar os pais e o filho impossível, incontrolável ou viciado.

Se ele for menor de idade, procurem o juiz ou curador de menores, exponham a situação, peçam-lhe ajuda e/ou entreguem seu filho à justiça. É a impotência dos pais diante da agressividade e violência do seu adolescente.

É bom saber que existe falsa menoridade: jovens de 13, 14, 16 anos que sabem muito mais de malandragem e maldade que muitos adultos... Assim como existe falsa maioridade: adultos de 23, 24, 30 anos que dependem inteiramente dos pais. Por isso, o Amor-Exigente define como idade adulta o momento em que o jovem assume a responsabilidade de se sustentar financeiramente.

Não tenham medo, sejam firmes.

São duas, três, quatro pessoas sendo destruídas por uma, inconseqüente.

Para terem sucesso, é importante que avós, tios, padrinhos e vizinhos entendam sua atitude e não se coloquem uns contra os outros, pondo a perder todo o esforço e desgaste dos pais para a reorganização e reintegração familiar. Acolher o jovem, nesse momento, só vai funcionar se as regras, os deveres e os direitos forem iguais aos estabelecidos pela família.

É importante também ter coragem e confiança. Parece um paradoxo, mas estamos acompanhando a vida de muitos pais que, quando têm coragem de pôr em risco a vida do filho, permitindo seu confronto genuíno com a vida de drogado, aí sim, acabam por recuperá-lo. "Quem quiser salvar sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará!"...

 

 

 

"Nós o amamos, mas não aceitamos o que está fazendo".

 

 

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